foto: Muriell Bernardo
O projeto “A onça-pintada como um ativo ambiental: compreendendo as interações com povos tradicionais e promovendo o desenvolvimento sustentável no Amapá” nasceu da união entre pesquisa científica, tecnologias de monitoramento e o saber de quem vive no território.
Com duração de 36 meses e atuação em áreas protegidas e territórios tradicionais no Amapá, investigamos o comportamento, a distribuição e os impactos ecológicos das onças-pintadas. Conectamos esses dados com ações de engajamento comunitário, formação local e fortalecimento da bioeconomia.
O que propomos é um modelo de conservação inovador, sensível e participativo.
Com armadilhas fotográficas, drones com câmeras termais, captura de onças, análises genéticas, entrevistas e rodas de conversa, desenhamos caminhos para proteger a biodiversidade e fomentar o desenvolvimento sustentável da região.
foto: Octavio Campos Salles
Uma equipe multidisciplinar por trás da ciência e do território
Reunimos biológos, veterinários, ambientalistas, economistas, analistas de dados e lideranças locais. A equipe inclui pesquisadores seniores que somam mais de 100 anos de experiência na superação de desafios científicos, e a geração de evidências científicas robustas em regiões remotas da Amazônia Brasileira.
Nosso trabalho é coletivo: parte de escutas, respeita o tempo do território e conecta dados com carinho e cuidado.
Missão e objetivos
A missão do projeto é fortalecer a conservação da onça-pintada no Amapá como um ativo ambiental e sociocultural. Buscamos gerar conhecimento científico, construir redes colaborativas e desenvolver estratégias de impacto positivo junto às comunidades amazônicas. Nossos objetivos principais são:
Compreender as interações humano-onça e as opções para a coexistência
Quantificar o potencial valor econômico das onças-pintadas para as comunidades locais
Empoderar as comunidades tradicionais como parceiras chave na conservação da onça-pintada e da biodiversidade
Promover a compreensão do valor econômico e ecológico das onças-pintadas
Incentivar práticas de manejo sustentável de recursos que beneficiem tanto a vida silvestre quanto o sustento local
Gerar evidências científicas robustas e valiosas, promovendo o desenvolvimento sustentável e a coexistência humano-fauna nas áreas costeiras da Amazônia
Área de estudo
A área de estudo do projeto abrange a Estação Ecológica de Maracá-Jipioca, o Parque Nacional do Cabo Orange, a Reserva Biológica do Lago Piratuba e a Área rural na costa do Amapá.
Esses territórios concentram alta diversidade biológica e sociocultural. As onças servem como um poderoso símbolo que conecta o passado, o presente e o futuro da Amazônia.
foto: Fernanda Michalski
foto: Projeto Onças do Amapá
Metodologia
A metodologia do projeto combina rigor científico com estratégias de participação local. Utilizamos armadilhas fotográficas, drones com câmeras termais e capturas de onças-pintadas, para análises genéticas e para mapear a presença e os deslocamentos das onças, além de avaliar a saúde dos ambientes em que elas vivem.
Ao mesmo tempo, realizamos entrevistas com moradores locais e promovemos oficinas participativas e vivências com as comunidades, integrando saberes tradicionais à ciência. A criação de um biobanco com amostras genéticas das onças-pintadas e dados ambientais completa essa abordagem multidimensional, voltada para o longo prazo.
Colaboração que fortalece o impacto
Este projeto conta com o apoio de instituições que acreditam na ciência como ferramenta de transformação. São parcerias fundamentais que viabilizam ações no território, fortalecem nossa rede de atuação e ampliam o alcance das iniciativas.
Seja por meio de recursos, articulação técnica ou suporte científico, cada apoiador contribui para que a conservação da onça-pintada se traduza em benefícios concretos para as comunidades e os ecossistemas do Amapá.
Fomento
Financiadores
Financiamento para ciência, biodiversidade e justiça socioambiental
O projeto é financiado por instituições comprometidas com a promoção da ciência, da equidade territorial e da conservação ambiental. Os recursos permitem não apenas o desenvolvimento da pesquisa de campo, mas também a produção de materiais educativos, a realização de oficinas e o fortalecimento de ações de base comunitária.
São responsáveis pelo fomento o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) através da Iniciativa Amazônia+10. Além disso, também contamos com o fomento das seguintes fundações estaduais: Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (FAPEAP), Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT), Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS).
A transparência e o alinhamento com valores socioambientais guiam nossa relação com os financiadores, que compartilham a visão de um futuro sustentável construído com múltiplos saberes.
Execução
instituições dos pesquisadores/coordenadores da equipe
O projeto é coordenado por pesquisadores da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) e do Laboratório de Ecologia e Conservação de Vertebrados (LECoV).
Parceiros
instituições dos pesquisadores da equipe
Nossos parceiros institucionais são universidades, centros de pesquisa e organizações de referência nacional e internacional. São eles que abrigam os pesquisadores e pesquisadoras envolvidos, fornecem suporte técnico e científico e garantem a articulação entre conhecimento acadêmico e realidade de campo.
São parceiros do projeto: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal de Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal do Paraná, Instituto Onça-Pintada, Instituto Pró Carnívoros, Instituto Reprocon, Associação Kwata, e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (PARNA Cabo Orange).
A transparência e o alinhamento com valores socioambientais guiam nossa relação com os financiadores, que compartilham a visão de um futuro sustentável construído com múltiplos saberes.
Diversidade de saberes em prol da biodiversidade
A equipe do projeto é formada por profissionais de diversas áreas. São 17 pesquisadores doutores (16 de diversas instituições do Brasil e 1 da Guiana Francesa), 1 colaborador do Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade, além de alunos de pós-graduação e graduação.
Ainda contamos com a participação de representantes de Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais (PIQCT) e foram solicitadas bolsas de Pós-Doutorado Júnior, Desenvolvimento Tecnológico e Industrial, Iniciação Científica, Apoio Técnico em Extensão no País e Extensão no País.
Essa diversidade reflete o próprio escopo do projeto, que exige múltiplas lentes para compreender e conservar as relações entre onças, florestas e pessoas. Com presença local e atuação em campo, a equipe também se dedica à escuta ativa e à formação de lideranças comunitárias, contribuindo para o legado social da iniciativa.

Dra. Fernanda Michalski

Dr. Gediendson Ribeiro de Araujo

Dra. Sheyla Farhayldes Souza Domingues

Dra. Mariana Pires de Campos Telles

Dr. Eduardo Eizirik

Dr. Leandro Silveira

Dra. Anah Tereza de Almeida Jácomo

Dra. Thyara de Deco Souza Araujo

Dr. Pedro Nacib Jorge-Neto

Dr. Fabiano Rodrigues de Melo

Dr. Darren Norris

Dr. Moyses dos Santos Miranda

Dra. Adriana Novaes dos Reis

Dr. Benoit de Thoisy

Dra. Terciane Sabadini Carvalho

Dra. Kênia Barreiro de Souza

Dra. Claudiane de Menezes Ramos

MSc. Alexandre Bastos Fernandes Lima
foto: Octavio Campos Salles
Bolsistas/estudantes do projeto

Ana Lúcia Stahler da Silva

Mariona Cluet i Martinell

Mateus Macedo dos Santos

Muriell Bernardo de Macedo

Nayara Souza Cardoso

Rafael Alves Ramos

Rayssa de Souza Castro









